LETRA LIVRE 22
• João, sua literatura e seu trabalho intelectual estão associados a uma trajetória de militância política, pelas minorias etc, ao passo que o Reinaldo apareceu justamente com um livro, Tanto Faz, que joga isso pro alto. Pergunta para vocês dois: a literatura pode e deve ter compromisso com a realidade?
• Reinaldo: Tanto Faz surgiu no começo da abertura; havia um cansaço da política, do discurso engajado?
• João: que importância teve a contracultura na sua trajetória?
PERGUNTAS BLOCO 2
Pergunta Luiz Roberto Guedes para João Silvério Trevisan (rótulo GLS)
• Reinaldo: no seu caso, o rótulo é o da literatura desencanada, hedonista, espontânea – mas vc é tradutor de autores importantes, como Burroughs Thomas Pynchon. Você esconde essas referências?
• João: em quais livros entra a temática homoerótica em sua obra?
• Reinaldo: o que mudou entre o momento em que escreveu “Tanto Faz” ou “Abacaxi” e o atual, de “Pornopopéia”?
PERGUNTAS BLOCO 3
Pergunta Guedes para Reinaldo (publicidade)
• João: como foi sua participação no jornal Lampião? Como surgiu? Quem editava?
• Reinaldo: em Tanto Faz, a curtição do protagonista tinha um sentido eufórico, enquanto no Pornopopéia, apesar do humor, ele parece cair de modo compulsivo nessa da espiral de sexo e drogas. O prazer virou uma fissura?
• João: o papel da sexualidade mudou, deixou de ser libertária para virar objeto de site de sacanagem, Big Brother, revista de celebridades etc?
Pergunta Guedes para Trevisan (cinema)
PERGUNTAS BLOCO 4
• João: Ana em Veneza tem como pano de fundo a questão da identidade brasileira, de uma arte brasileira: esse tema ainda é importante no Brasil?
• Reinaldo: por que vc ficou tanto tempo sem escrever entre Abacaxi, de 1985, até Órbita dos caracóis, de 2003 e os contos de Umidade, de 2005?
• João: Parece que seu novo livro – Rei do Cheiro – tem algo em comum com o universo do Reinaldo Moraes. Vc pode falar um pouco dele?